domingo, 25 de dezembro de 2011

ESPIRITISMO SEGUNDO O EVANGELHO

  Graça e Paz queridos, resolví postar um texto do Rev. Caio Fábio D’Araújo Filho sobre espiritismo devido a alguns dias ter tido uma conversa com uma pessoa que tinha séria dúvida sobre o texto de 1 Samuel 28, quando Saul consultou uma médum, espero que esse texto possa ajudar a esclarecer não só a ela mas a todos que possam ter alguma dúvida a esse respeito.

Espiritismo Segundo o Evangelho 

Rev. Caio Fábio D’Araújo Filho

RAÍZES HISTÓRICAS DO ESPIRITISMO
 
  Espiritismo,  em  sua  essência,  é  fruto  do  desejo  de  se  continuar  em  contato  com  entes
queridos que já faleceram, e também de se alcançar salvação pela autonomia espiritual que as
boas obras legam ao homem, numa crida evolução espiritual em direção à perfeição universal.
É  também  a  doutrina  baseada  na  crença  da  sobrevivência  da  alma  e  da  existência  de
comunicações, por meio da meduinidade, entre vivos e mortos, entre os espíritos encarnadas e
os desencarnados.

  As raízes históricas do Espiritismo são as mais antigas. Começaram em Gênesis 3.1 onde
houve a primeira sessão espírita do planeta, quando Satanás possuiu a serpente. A médium em
questão,  dona  serpente,  foi  possuída  pelo  diabo  que  usou  aquele  corpo  de  animal  irracional
para  compartilhar  a  sua  intenção  e  o  seu  desejo,  já  que  os  únicos  homens  existentes  tinham
contato unicamente com Deus, não podendo, portanto, ser médiuns. 

  Em  sua  maioria,  as  religiões  do  mundo  são  basicamente  espíritas  em  sua  crença  sobre  a
salvação e sobre o processo através do qual ela acontece. Espiritismo não é apenas um legado
cultural  africano  que  se  tornou  partícipe  dentro  da  cultura  brasileira,  nem  também  somente
uma  religião  tachada  por  esse  nome,  mas  subjaz  dentro  do  hinduísmo,  do  budismo  e  até
mesmo  dentro  de  algumas  expressões  do  catolicismo  romano  medieval,  e  que  se  transferiu
numa  herança  histórica  para  algumas  doutrinas  católicas  romanas  tais  como  o  purgatório,
salvação  pelas  obras,  oração  pelos  mortos,  que  nada  mais  são  do  que  subproduto  do
pensamento universal espiritualista. 

  Por  diversas  vezes  houve  alguns  reavivamentos  no  Espiritismo  que  foram  golpeados  de
maneira  quase  mortal.  Em  Israel,  vez  por  outra,  levantava-se  um  rei,  um  monarca  mais
fervoroso,  e  resolvia  extirpar  os  médiuns  e  adivinhos  da  nação.  Mas,  logo  depois  da  morte
daquele  rei  havia  uma  proliferação  do  fenômeno  dentro  de  Israel.  O  mundo  pagão  antigo  é,
fundamentalmente, um mundo espírita e onde quer que não haja a luz do evangelho de Jesus,
aí há uma religião espírita.

  Mas o reavivamento ocidental do Espiritismo, que deu lugar a todo esse crescimento, essa
avalanche de pensamento espírita, aconteceu em 1847 com as irmãs Fox, nos Estados Unidos
da  América.  Elas  entraram  em  contato  com  entidades  espirituais  em  uma  casa  velha  que  a
família  comprara.  As  duas,  uma  com  onze  e  a  outra  com  nove  anos,  brincavam  em  casa
quando  o  fenômeno  se  deu.  Começaram,  então,  a  ouvir  ruídos,  vozes,  uivos,  gargalhadas,  e
quando  deitadas  na  cama  seus  cobertores  eram  puxados.  Certa  ocasião  uma  delas  sentiu  o
toque  de  mão  fria  em  seu  rosto,  causando-lhes  desespero.  O  fenômeno  começou  a  ser
estudado,  sem  que  ninguém  conseguisse  explicá-lo.  Um  dia,  Kate,  a  mais  nova,  resolveu
entrar em contato com esse espírito a quem apelidou de “seu pé fendido”, dizendo:

  -  Seu “pé fendido”, se o senhor está me ouvindo, responda. Vou fazer um barulho e o
senhor responde.

  Ela  deu  umas  batidas  e  as  ouviu  de  volta.  Desse  modo,  ela  criava  um  tipo  de  código  em
que  duas  pancadas  correspondiam  à  letra  a,  três  pancadas  à  letra  b,  e  assim  por  diante.  As
duas, então, através desse código, começaram a conversar com esse espírito, que se explicou:

  - Estou aqui perseguindo vocês, porque eu era o dono desta casa e me mataram no porão,
há muito tempo atrás. Ninguém, nem sequer a polícia, fez nada, e até hoje o assassino não foi
descoberto. Por isso, estou reivindicando meus próprios diretos.

  O  nome  desse  pseudoespírito  humano  desencarnado  era  Charles  Rosma.  As  garotas
contaram  aos  pais,  estes  chamaram  as  autoridades,  foram  ao  porão  da  casa,  quebraram  o
cimento  e  de  fato  encontraram  o  cadáver  lá,  que  foi  identificado  como  esse  tal  de  Charles
Rosma.  A  partir  dessa  descoberta,  houve  um  reavivamento  espírita  nos  Estados  Unidos.
Surgiram as sessões e as pesquisas científicas do fenômeno; os médiuns começaram a receber
espíritos  e,  em  consequencia,  houve  uma  infiltração  espírita  na  Inglaterra  através  destes
médiuns americanos. Os espíritas diziam que o fenômeno do reavivamento na Inglaterra seria,
ao mesmo tempo, religioso e científico.

  Este reavivamento inglês se esparramou pela Europa e, em meio a tudo, surgiu, na França,
Léon Hippolyte Dénizard Rivail, que se tornaria famoso com o pseudônimo de Allan Kardec,
dizendo-se  a  própria  reencarnação  do  poeta  celta.  Allan  Kardec  começou  então  a  receber
espíritos e, um ano depois de estar trabalhando ativamente como médium, escreveu “O Livro
dos Espíritos”. Em seguida fez excursões de propaganda pela Europa falando do Espiritismo.
Suas outras obras vieram a partir de 1861, quando ele começou a publicar livros como “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Livro dos Médiuns”, “O Inferno”, “Gênesis”, todos
escritos  de  acordo  com  a  perspectiva  espírita,  é  claro.  Sendo  um  homem  resistente  física,
mental e espiritualmente, desenvolveu suas idéias de maneira vigorosa. Fundou a “Revista
Espírita”, um periódico mensal, e ele mesmo assentou as bases da Sociedade Continuadora da
Missão de Allan Kardec.

  No  Brasil,  encontramos  o  Espiritismo  em  várias  facetas.  Existe  o  espiritualismo
relacionado à Umbanda, ao Candomblé, à Quimbanda, à Macumba, ou seja, áreas cujas raízes
religiosas  vieram  diretamente  dos  navios  negreiros,  da  África  para  o  Brasil.  Raízes  e  cultura
religiosa que se miscigenaram às ameríndias encontradas aqui em nosso continente e em nosso
país, fazendo um sincretismo que mais tarde se tornou tríplice.

  De início, percebia-se o sincretismo apenas do africano ao ameríndio, e depois à absorção
da cultura e da religiosidade popular católica, que é o existente na Bahia, na Igreja do Senhor
do Bonfim, e em muitas outras igrejas, onde cada “santo” cristão corresponde a um guia ou
um espírito equivalente da própria Umbanda, do Candomblé e dessas religiões sincretizadas.

  Os  seguidores  do  Espiritismo  no  Brasil  podem  ser  definidos  confessionalmente  da
seguinte maneira:

  Eles crêem na possibilidade e conveniência de comunicação  com as  entidades  espirituais
desencarnadas. Crêem na reencarnação, doutrina esta que foi mais precisamente coordenada,
sistematizada,  pregada  e  ministrada  por  Allan  Kardec.  Crêem  na  chamada  lei  de  causa  e
efeito, que é o equivalente espírita da idéia tradicional hindu da lei do “karma”, isto é, aquilo
que  o  indivíduo  faz,  ele  paga,  e  se  não  pagar  neste  mundo,  paga  depois,  em  outras
reencarnações. Nada é fortuito e, portanto, tudo quanto o indivíduo faz terá suas implicações
em termos de “karma” -  de  causa  e  efeito  -,  de  voltar  para  pagar  suas  atitudes.  Suas
reencarnações serão determinadas pelo bem ou mal que tiver feito, ou seja, serão determinadas
no  sentido  de  que  o  indivíduo  viva  uma  vida  melhor  ou  pior  nas  futuras  encarnações.
Admitem também a crença na pluralidade dos mundos habitados, onde cada mundo constitui
uma etapa geral do processo espiritual, sendo a Terra considerada o planeta da expiação, ou, a
curva da desgraça do próprio universo.

  Não  há  distinção  entre  o  natural  e  o  sobrenatural,  nem  entre  religião  e  ciência.  Também
não  há  graça;  não  há  favor.  Ninguém pode dizer: “A graça me salvou e eu vou para o céu”,
porque a lei do “karma” diz que tudo quanto eu fiz terá suas consequências, não havendo, por
isso, nem perdão, nem misericórdia ou graça. Fica, portanto, desfeito o escândalo da cruz. A
cruz que Jesus foi apenas o ato heróico de um homem bom, do espírito de luz mais evoluído
que  já  passou  por  aqui,  sem  que  houvesse  qualquer  sentido  vicário,  expiatório,  salvífico.
Serviu apenas com exemplo de altruísmo, de bondade, de iluminação. O processo relativo aos
indivíduos  depende  exclusivamente  do  mérito  pessoal  acumulado  por  si  mesmos  nesta  vida,
ou em encarnações anteriores. A caridade é a virtude principal, talvez única, e se aplica tanto
aos vivos quanto aos mortos, ou desencarnados como eles sempre preferem chamar.

  Deus, embora existente, é por demais longínquo e se perde na distância incomensurável de
um ponto espiritual que mal podemos vislumbrar. Mais próximos do que Deus, estão os guias,
que são os espíritos que se incorporam nos médiuns, importantes nos cultos espirituais, e que
os ajudam por amor. Eles, contudo, afirmam a existência de espíritos maus. Jesus Cristo, por
sua  vez,  é  visto  como  grande  entidade  encarnada,  a  maior  que  já  veio  ao  nosso  mundo,  e  o
evangelho, na opinião deles, foi interpretado segundo o Espiritismo, no famoso livro de Allan
Kardec.


As manifestações do Espiritismo segundo os espíritas

  Os  espíritas  admitem  haver  um  tipo  de  espiritismo  que  eles  mesmos  chamam  de
fraudulento.  Eusápia  Paladino,  a  mais  famosa  médium  espírita  dos  seus  dias,  foi  descoberta
enganando pelo menos duas vezes. Em suma original, a Sociedade de Pesquisas Psíquicas dos
Espíritas, que consiste na junção de pensamentos e participação de muitos eruditos espíritas,
tem investigado esses  fenômenos  desde 1882, tendo encontrado apenas dois ou três médiuns
acima de suspeita durante um período de 40 anos. A isso, pode-se acrescentar que advogados
tão eminentes do Espiritismo, como Sir William Crookes, em  1874, e o escritor e criador do
famoso personagem Sherlock Holmes, Sir Conan Doyle, em 1919, tenham admitido que não
há  teste  conhecido  pelo  qual  possamos  determinar  se  uma  informação  vem  dos  espíritos
falecidos  e  chega  até  nós  realmente  genuína,  ou  se  vem  através  de  um  espírito  maligno,  ou
ainda através apenas de um médium enganador, lunático ou paranóico.

  Apesar  dessas  evidências,  eles  acreditam  haver  também  Espiritismo  genuíno.  E  os  que
postulam  tal  veracidade,  afirmam  que  os  médiuns  que  mantém  contato  com  esses  espíritos
evoluídos, são homens essencialmente sinceros, e que esses contatos se dão ou através do fato
de  esses  espíritos  entrarem  no  médium,  onde  o  ego  dessa  entidade  o  possui  e  fala  por  seu
intermédio, ou do fato de serem os médiuns hipersensitivos, captando assim as vibrações dos
espíritos,  vendo-os,  ouvindo-os,  sentindo-os,  funcionando  apenas  como  receptores  das
vibrações desses pensamentos, sem contudo receberem em si os espíritos.

  São duas as correntes espíritas divergentes. A primeira bastante simples e a segunda mais
científica, mais parapsicologizada.

   A meu ver, essas duas situações podem ser verdadeiras, não quanto à origem , mas quanto
ao  fenômeno,  isto  é,  não  que  seja  um  ser  humano  desencarnado  que  está  mantendo  contato
com o médium, mas, sim, um outro espírito, um anjo caído, um demônio, que entra às vezes.
Para  mim,  porém,  é  também  inegável  o  fato  de  que  há  pessoas  que  são  demoniacamente
adequadas  e  desenvolvidas  para  receberem  essas  vibrações.  São  pessoas  que  não  estão
possuídas  -  estão  em  si  mesmas  -,  mas  conseguem  ver  e  ouvir  coisas  que  seres  humanos
normais e não trabalhados, não operados pelo próprio diabo, não conseguem ver naturalmente. 

  
A Posição bíblica em relação ao Espiritismo

  O Espiritualismo, ou os chamados fenômenos espirituais, é visto da seguinte forma:
    ▪ Meio pelo qual alguém consulta um espírito familiar, alguém possuído por demônio
adivinhador de pitonisa, como é o caso descrito em I Samuel 28, daquela mulher a quem Saul
consultou,  ou  ainda  o  de  Atos  16.16-18,  daquela  adivinhadora  de  Filipos,  cujo  espírito  foi
confrontado e expulso em nome de Jesus, por Paulo.

  ▪ Adivinhação é um outro aspecto do Espiritismo encontrado na Bíblia e é a arte de obter
conhecimento  secreto,  especialmente  aquele  relacionado  com  o  futuro,  por  meio  quase  que
exclusivo dentro do alcance de classes especiais de homens.

  ▪  Espíritos  familiares  são  espíritos  que  supostamente  atendiam  à  chamada  daqueles  que
tinham  poder  sobre  eles.  Provavelmente  foram  chamados  de  familiares  por  serem  servos,  ou
seja,  fâmulos,  pertencentes  a  famílias,  a  homens  que  tinham  autoridade  sobre  eles.  São,  por
exemplo,  aqueles  espíritos  sobre  os  quais  o  Espiritismo  diz  que  só  baixam  em  determinado
médium, só vêm quando o médium chama, e que só com aquele médium mantém contato. São
esses espíritos que a Bíblia chama de familiares, uma expressão hebraica, que por outro  lado
também significa uma coisa ôca, porquanto se supunha que a voz do espírito talvez viesse do
possuído tal qual vinda de uma garrafa, ou por causa do som cavernoso que caracterizava as
declarações como se saíssem do chão. O texto em Isaías 29.4 serve como descrição desse tipo
de fenômeno: 

  “Então, lançada por terra, do chão falarás, e do pó sairá afogada a tua fala; subirá da terra a
tua voz como a de um fantasma, como um cochicho a tua fala desde o pó”. 

  Li certa vez o livro de uma moça que, há muitos anos atrás em Hollywood, fora discípula
de Charles Manson, o assassino de Sharon Tate. Nesse livro, ela conta como era demoníaca e
como  teve  um  encontro  com  Jesus  na  prisão,  o  que  mudaria  por  completo  sua  vida.
Descrevendo no livro como o diabo se manifestava através de Charles Manson, ela narra que
houve ocasiões em que ele ficava possesso na cozinha de um trailler e sua voz saía do esgoto
da pia, embora estivesse absolutamente calado.

  ▪  A  necromancia,  ou  seja,  a  consulta  aos  mortos,  é  tentativa  condenada  nas  Escrituras
justamente  porque  o  indivíduo  não  mantém  contato  com  morto  nenhum,  mas,  sim,  com  o
próprio diabo.

  ▪ Encantador, é o sujeito que balbuciava encantamento ou falava sussurros de ventríloquo
como  se  estivesse  sob  a  influência  dos  espíritos  de  mortos.  É  o  que  normalmente  fazem  os
pajés das tribos indígenas.

  ▪  Bruxa ou bruxo, no hebraico, literalmente quer dizer “aquela ou aquele que sabe”,
podendo significar também uma pessoa possuída de um espírito familiar, que mantém contato
com um espírito único e a ela afeiçoado.

  Há  muitas  passagens  nas  Escrituras  que  nos  ensinam  que  a  busca  aos  mortos  é  proibida,
que  o  Espiritismo  causou  a  destruição  de  sete  nações  e  que  juntamente  com  outros  pecados
causou  a  própria  morte  de  Saul.  Através  desses  ensinos  aprendemos  que  Israel  corria  tanto
perigo ao apelar para esse pecado quanto corre a cristandade de hoje.

  Certa  ocasião,  eu  estava  no  Aeroporto  Internacional  do  Rio  de  Janeiro  em  plena
madrugada,  andando  de  um  lado  para  o  outro,  e  enquanto  esperava  meu  avião  atrasado  para
Londrina comprei jornal, revista, lendo-os quase inteiramente. Abri a Bíblia, li bastante e nada
de  avião.  Resolvi  entrar  numa  livraria  e  vi  então,  o  livro  de  um  pastor  a  quem  conheço  de
nome. O título era “Evidências Científicas de Que Há Vida Após a Morte”. Era um livro
grosso e caro, mas a curiosidade foi maior e acabei comprando para ler no avião. Quase chorei
de  tristeza.  Ele  há  muito  vem  caindo  devagar,  devagar,  num  liberalismo  teológico.  E  agora,
em  seu  livro  cheio  de  parapsicologia,  dizia  ser  incontestável  o  fenômeno  da  reencarnação,
usando  como  justificativa  a  hipótese,  pela  qual  se  faz  o  indivíduo  regredir  até  à  vida  intra-uterina, e depois a uma existência anterior, e depois a isso, e depois àquilo...

  Realmente, quase chorei vendo os perigos dessas idéias.

  Pessoalmente,  acho  que  a  mente  tem  poder.  Não  sou  desse  tipo  que  considera  o
pensamento  como  algo  indevassável.  Os  pensamentos  que  passam  pelo  nosso  cérebro  são
correntes  elétricas.  Embora  a  causa  do  pensamento  seja  totalmente  abstrata,  espiritual,  o
código  final  do  pensamento,  ou  seja,  o  que  toca  no  meu  cérebro  e  transforma  o  pensamento
em palavras é energia, e é código tão legível quanto qualquer outro. Não devemos pensar em
orar de boca fechada ou orar em línguas para o diabo não saber o que pensamos. O diabo tem
mil maneiras de saber o que pensamos, e a mim não me preocupa o que ele pensa, e sim o
que  Deus  pensa,  pois  estou  coberto  e  protegido  pelo  sangue  de  Jesus.  Louvado  seja  o
nome do Senhor!


  Essa teologia que afirma que o diabo se torna impedido de conhecer nossos pensamentos
quando fechamos a boca não está em lugar algum das Escrituras. Ao contrário, vemos nelas,
pessoas  dizendo  o  que  querem  dizer.  Quando  não  dizem  o  que  gostariam,  não  o  deixam  de
fazer por causa do diabo, mas por causa do temor ao Senhor, para não pecarem contra Deus.

  Devemos  saber  de  uma  coisa,  no  entanto:  a  mente  tem  poder.  Não  há  dúvida  de  que  a
mente  pode  produzir  alguns  fenômenos,  há,  porém,  um  limite  para  isso.  A  parapsicologia,
inicialmente, no interesse de pesquisar alguns fenômenos da mente, acabou tornando-se semi-espírita. Como decorrência o que observamos hoje é a espiritualização da parapsicologia, ou a
parapsicologização  do  Espiritismo.  É  uma  coisa  terrível,  pois  nota-se  que  há  um  limiar
perigosíssimo,  uma  fronteira  entre  a  pesquisa  parapsicológica  e  o  Espiritismo  de  um  modo
geral, e, por isso, devemos estar muito atentos. 

  A  Bíblia  também  diz  que  o  caráter  do  Espiritismo  é  pecaminoso  e  consiste  em  tentar
descobrir coisas ocultas à parte da revelação divina. Afirma também que o Espiritismo rejeita
Cristo, como lemos no Velho Testamento, no livro de Deuteronômio 18.10-15:

  “Não se achará entre ti  quem  faça  passar  pelo  fogo  o  seu  filho  ou  a  sua  filha,  nem
adivinhador,  nem  prognosticador,  nem  agoureiro,  nem  feiticeiro:  nem  encantador,  nem
necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é
abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança diante de ti.”

  Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.

  Porque  estas  nações,  que  hás  de  possuir,  ouvem  os  prognosticadores  e  os  adivinhadores;
porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa.

  “O  Senhor  teu  Deus  te  suscitará  um  profeta  do  meio  de  ti,  de  teus  irmãos,  semelhante  a
mim: a ele ouvirás.”

  Em  outras  palavras,  Deus  está  dizendo  ao  povo  que  em  vez  de  ouvirem  ao  Espiritismo,
ouvissem  ao  Grande  Profeta  -Jesus-,  aquele  a  quem  Moisés  se  referiu.  Neste  contexto  o
testemunho  dos  próprios  rabinos  é  unânime  no  que  diz  respeito  a  entender  que  ele  estava
falando do Cristo, do Messias.

  Então, a contra-proposta ao Espiritismo é fé em Cristo, é ouvir a Cristo, o Grande Profeta.
Quem ouve ao Espiritismo não está ouvindo a Cristo, e quem está ouvindo a Cristo não está
ouvindo ao Espiritismo.

  O  moderno  avivamento  do  Espiritismo  parece  ter  sido  claramente  predito  em  I  Timóteo
4.1:
  “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostarão da fé, por
obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios...”

  Para  uma  aproximação  maior  da  nossa  realidade,  colocarei  o  texto  de  I  Samuel  28.3,
descrito através da Bíblia Viva:

  “Nessa ocasião, Samuel já tinha morrido, e todo Israel tinha chorado a sua morte: Samuel
foi  sepultado  em  Rama,  que  era  sua  cidade:  o  rei  Saul  havia  expulsado  do  país  todos  os
médiuns e adivinhadores.

  Os  filisteus  se  acamparam  em  Suném,  e  Saul  e  o  exército  de  Israel  se  acamparam  em
Gilboa. Quando Saul viu o enorme exército dos filisteus, ficou tremendo de medo e perguntou
ao Senhor o que deveria fazer, porém o Senhor não lhe deu resposta, nem por meio de sonhos,
nem por Urim, nem por intermédio dos profetas.

  Então Saul deu ordens aos seus auxiliares que procurassem uma médium, de maneira que
ele pudesse perguntar a ela o que fazer. Eles encontraram uma em Eri-Dor, Saul se disfarçou
usando  roupas  comuns  ao  invés  de  usar  suas  vestes  reais.  Ele  foi  à  casa  da  mulher,  à  noite,
acompanhado  por  dois  de  seus  homens.  Quero  falar  com  um  homem  que  está  morto,  pediu
Saul. Pode fazer subir o espírito desse homem?

  O  senhor  está  procurando  que  me  matem,  perguntou  a  mulher.  Sabe  que  Saul  mandou
matar todos os médiuns  e os adivinhadores? O senhor está armando uma cilada  contra mim,
disse ela.

  Porém  Saul  fez  um  juramento  muito  sério,  de  que  ele  não  faria  traição  contra  ela.
Finalmente a mulher concordou e disse: A quem o senhor quer que eu faça subir?

  Faça-me subir Samuel, respondeu Saul. Quando a mulher viu Samuel, ela soltou um grito;
O senhor me enganou, o senhor é Saul.
  Não tenha medo, o rei disse a ela. O que é que você vê?

  Vejo algo como um Deus que sobe da terra, disse ela.

  Como é a aparência dele? É um velho envolto num manto. Saul entendeu que era Samuel e
se curvou perante ele. Por que me perturbou trazendo-me de volta? Samuel perguntou a Saul.
Estou  numa  dificuldade  enorme,  respondeu  Saul.  Os  filisteus  estão  guerreando  contra  nós,
Deus  me  abandonou  e  não  me  responde  por  profetas,  nem  por  sonhos.  Por  isso  eu  chamei o
senhor para que me diga o que devo fazer. Porém Samuel respondeu: Por que vem perguntar a
mim,  se  é  que  o  Senhor  Deus  abandonou  a  você  e  se  tornou  seu  inimigo.  Ele  fez  conforme
disse que faria. Tirou o reino das suas mãos e o deu ao seu rival Davi. Tudo isto aconteceu a
você  porque  não  obedeceu  às  ordens  do  Senhor  quando  ele  estava  tão  zangado  com
Ameleque.  E  ainda  mais  isto:  o  exército  de  Israel  inteirinho  está  derrotado  e  destruído  pelos
filisteus. Será destruído pelos filisteus amanhã e você e seus filhos estarão aqui comigo. Então
Saul caiu estendido no chão paralisado de terror por causa das palavras de Samuel. Também
ele  estava  sem  forças  devido  à  fome,  pois  não  tinha  comido  nada  naquele  dia.  Quando  a
mulher viu o quanto ele estava perturbado, disse: “Senhor, obedeci as suas ordens com risco
da  minha  própria  vida.  Agora  faça  o  que  eu  digo  e  me  permita  dar-lhe  alguma  coisa  para
comer, de modo que o senhor possa aguentar a viagem de volta. Porém Saul não aceitou. Os
homens que estavam com ele confirmaram o que a mulher havia dito. Por fim ele concordou”.

  Há muita confusão sobre esse texto. Lembro-me que, há muitos anos atrás, um homem era
tido  e  havido  por  mestre  nesse  texto  de  I  Samuel  28.  Contudo,  nunca  alguém  ouvira  o  tal
homem falar. Ele apareceu na Igreja Betânia, num domingo de manha, e foi fazer um estudo
bíblico  para  os  jovens  sobre  o  primeiro  livro  de  Samuel.  Quando  o  homem  abriu  a  Bíblia  e
começou a expor, a primeira coisa que ele disse foi:

  -“Meus irmãos, não resta a menor dúvida de que a aparição fora de Samuel. A Bíblia diz
isso claramente; não há porque duvidar”.

  E  começou  a  falar  e  a  tentar  provar  que  era  Samuel.  Rev.  Antonio  Elias  ia  passando,
quando ouviu aquilo; entrou, ficou por ali, esperou uma oportunidade para falar e desmentiu
tudo quanto o homem havia dito. Depois que o homem saiu, reuniu o povo e esclareceu que
não era Samuel, de jeito nenhum.
  
  Foi  a  partir  desta  ocasião  que  fiquei  muito  curioso  e  interessado  em  estudar  esse  texto,
pois apesar de saber através de minha mãe que aquele não era Samuel, nunca soubera porque
não era. Por sua vez, aquele homem dizia que era Samuel, e também não podia provar porque
era.  Os  espíritas,  da  mesma  forma,  afirmam  que  é  Samuel  e  tentam  provar,  e  a  partir  desse
mesmo texto justificar sua doutrina da reencarnação e mais especificamente da mediunidade.
Levado  pelo  desejo  de  conhecer  a  verdade,  durante  algum  tempo  li  e  reli  com  muita
frequência,  meditando  sobre  o  texto.  Dentre  as  muitas  evidências  que  Deus  compartilhou
comigo,  algumas  são  provas  incontestáveis  de  que  não  fora  Samuel,  de  modo  algum,  quem
“baixou” naquela médium e falou com Saul.

  
Por que não era Samuel? Em I Samuel 15.23 o profeta diz:  

  “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto
a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que
não sejas rei”.

  Será  que  Samuel  era  um  indivíduo  que  achava  a  mediunidade  algo  possível,  ou  que  esta
pudesse  vir  da  parte  do  Senhor?  Ele  diz  no  texto  que  a  rebelião  era  como  o  pecado  de
feitiçaria, ele tinha ódio disso tudo. A ordem dada em Israel era extirpar médiuns e adivinhos,
e fora até mesmo reiterada pela boca do próprio Samuel. 


  O que os textos de um modo geral dizem sobre a mediunidade?

  “Chegando alguns  dos  saduceus;  homens que dizem não haver ressurreição...” Lucas
20.27

  A  palavra  de  Deus  coloca  o  seguinte  fato:  a  única  alternativa  bíblica  para  a  volta  de  um
homem a este mundo é chamada de ressurreição. Essa é a doutrina mais batida e mais forte de
todas  as  Escrituras.  A  volta  de  um  homem  a  este  mundo  tem  de  ser  através  da  própria
ressurreição.  Textos  do  Novo  Testamento,  como  o  de  Apocalipse  21:8,  lançam  um  golpe
fulminante e mortal sobre a feitiçaria e sobre a mediunidade. 

  Voltando a I Samuel 28.7,8, toda essa história começa da seguinte maneira:

  Em  primeiro  lugar,  observemos  quem  contou  essa  história.  Os  versos  7  e  8  dizem  que
foram os servos de Saul, porque se Saul foi com dois de seus servos até a casa da médium, e
morreu  alguns  dias  depois,  essa  história  não  foi  perpetuada  e  narrada  pelo  próprio  Saul.  Ele
mesmo não iria contar porque implicaria abominação para si mesmo.  Era proibido em  Israel
consultar médiuns, e só depois da sua morte a história foi contada, e se foi contada, foi pelos
dois servos que foram com ele. E quem eram esses servos? O capítulo 21 de I Samuel, em seu
vervo 7, diz que normalmente eram homens estrangeiros.

  “Achava-se ali naquele dia um dos servos de Saul, detido perante o Senhor, cujo nome era
Doegue, edomita, o maioral dos pastores de Saul”.

  Os  servos  de  Davi,  seus  valentes  homens,  eram  na  sua  maioria  estrangeiros,  e  Saul
também  estava  cercado  por  boa  parte  de  servos  estrangeiros.  I  Samuel  28.7  diz  que  eram
homens muito comumente supersticiosos, porque quando Saul pediu para que lhe apontassem
uma  mulher  que  fosse  médium,  eles  de  início  já  sabiam  onde  havia.  Como  naqueles  dias
estava proibido consultar os médiuns, Saul deveria pensar que não houvesse mais nenhum por
lá, porém foi no meio dos seus servos. “homens  estrangeiros”, comumente supersticiosos”,
que ele encontrou a médium que procurava.

  Mas  como  foi  essa  manifestação?  A  palavra  usada  para médium no hebraico é “obi” ou
seja,  espírito  adivinhador,  espírito  familiar,  palavra  falada  através  de  uma  pessoa  que  recebe
um espírito, e fala como ventríloquo, que muda  até a voz, que fala com  a tonalidade,  com o
timbre da voz daquele que diz estar possuindo, da mesma forma que acontece no Espiritismo.
Os versos 11 e 14 dizem que a manifestação foi subjetiva. A mulher entrou em transe e disse
estar  vendo  um  homem  subindo.  Quando  Saul  lhe  perguntou  sobre  sua  aparência,  ela  disse
que era um velhinho, de cabeça branca com uma capa tal, e descreveu a roupa de Samuel. A
Bíblia diz que Raul então conclui, no verso 14, que era Samuel. Foi uma conclusão, foi uma
interpretação subjetiva. Saul não viu nada, e sim a mulher que descreveu a cena, vindo ele a
concluir,  como  costuma  acontecer  no  Espiritismo.  Mas  a  pergunta  é:  Seria  de  Deus  essa
manifestação?


  O verso 7 diz: “Então disse Saul  aos  seus  servos:  Apontai-me  uma  mulher  que  seja
médium, para que eu me encontre com ela e a consulte”.

  A resposta é, absolutamente não! Não é de Deus por causa de I Crônicas 10.13,14, como
segue:

  “Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da
palavra  do  Senhor,  a  que  ele  não  guardara;  e  também  porque  interrogara  e  consultara  uma
necromante, e não ao Senhor...”.

  Esse texto coloca claramente que consultar necromante, implica não consultar ao Senhor.
Logo, essa manifestação é contundentemente diabólica.
  O  que  não  vem  do  Senhor  nessa  questão  de  revelação,  vem  de  fontes  malígnas,  tenha
certeza disto, meu caro leitor.

  O  verso  6  diz  que  se  Deus  falasse  com  Saul,  a  manifestação  teria  de  ser  diferente.  Em
primeiro  lugar,  Deus  falaria  através  de  uma  revelação  sacerdotal,  no  caso,  Urim,  aquela  do
cara e coroa: do sim e não; pode e não pode; vai e não vai. O Urim e Tumim não detalhavam
nada e eram usados para o seguinte:

  - Eu posso ir?

  - Sim.

  - Eu posso ir?

  - Não.

  Urim  e  Tumim  não  era uma revelação usada para dizer “vai, que vai ser assim, vai
acontecer isso, três dias depois será assim”. Era uma revelação ultradefinida, específica,
trabalhava em cima do sim e do não, e era uma revelação que Deus dava através do sacerdote.

  A segunda maneira de Deus revelar-se, seria através de uma revelação pessoal. O verso 6
diz que seria através de sonhos, falando com o próprio Saul.

  E a terceira maneira, a revelação inspiracional através de profetas. Deus daria inspiração a
alguém que fosse compartilhar a sua palavra com Saul.

  Bem, se fosse Samuel, quem estaria falando seria Deus. Mas não provinha de Deus porque
sempre  que  ele  falava  através  de  um  profeta,  essa  palavra  do  profeta  vinha  dele  mesmo,  o
Senhor. E quando um pseudoprofeta fala e a Bíblia diz que não foi do Senhor que falou, não
resta a menor dúvida de quem falou pela médium. 

  O  que  a  Bíblia  diz  sobre  a  vida  depois  da  morte é  muito  importante  para  que  se  entenda
sobre  essas  coisas.  Em  Lucas  16.27-31,  a  teologia  do  texto  nos  coloca  diante  do  seguinte
dogma:  há  dois  grandes  abismos  nesse  invisível  mundo  da  morte.  Pelo  menos  no  estado
intermediário, concomitante à existência da nossa história hoje.

  Primeiro, há o abismo entre o rico e Lázaro, o abismo entre o céu e o inferno. Pai Abraão
disse: “Não dá para passar para cá, porque há um grande abismo. Quem está de um lado não
pode passar para o outro e vice-versa”. Duvido muito que quem está no céu, queira ir para o
outro lado. Esse, portanto, é o primeiro abismo, o abismo entre o céu e o inferno.

  O segundo grande abismo está entre os mortos e os vivos, porque o rico disse: “Então, Pai
Abraão,  manda  Lázaro  a  minha  casa  pra  dizer  umas  palavrinhas  de  advertência  ao  pessoal,
para saírem do consumismo, daquelas orgias, para que eles se convertam e não venham para
esse lugar de tormento, manda!”.

  Pai Abraão respondeu: “Não. Ainda que vá alguém ressuscitar dentre os mortos. Eles têm
a Lei, eles têm as Escrituras, ouçam às Escrituras.”

  A alternativa que o rico pedia era a mediúnica.

  Hebreus 9.27 afirma que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e depois disto
o juízo”.

  Mas a pergunta agora é:

  Esse “Samuel” falou a verdade?

  Não,  ele  mentiu.  No  verso  19  de  I  Samuel  28,  vemos  que  ele  mentiu  quando  disse  que
Saul  seria  entregue  nas  mãos  dos  filisteus.  Comprovamos  isso  quando  lemos  no  verso  4  do
capítulo 31, pois lá não diz que Saul foi entregue nas mãos dos filisteus, mas narra o primeiro
exemplo  de  suicídio  na  Bíblia.  Deve  ter  havido  muitos  outros  antes,  mas  descrito  de  modo
objetivo,  vemos  o  de  Saul.  Embora  não  o  fosse  no  aspecto  filosófico,  Saul  teria  sido  o
primeiro existencialista jean-paul-sartreano nesse sentido de angústia.

  Para  completar,  o  verso  11  diz  que  Saul  foi  cremado  pelos  homens  de  Jabes-Gileade.
Portanto, não foram os filisteus que o mataram, nem o sepultaram ou ficaram com seu corpo.
Na  verdade  a  profecia  falhou,  e  o  próprio  Saul  fez  questão  de  fazer  a  profecia  falhar  tanto
quanto a do Brasil se tornar tetra campeão mundial de futebol, feita através do jogo de búzios.
Lembro-me  do  meu  coração  dividido  ao  ouvir  aquela  profecia.  Por  um  lado,  como  crente
pedia  ao  Senhor  que  desse  uma  zebra  tremenda,  mas  como  bom  brasileiro  queria  o  tetra.
Quando o Brasil perdeu, fui à janela e vi todo aquele pessoal enxugando os olhos na bandeira,
um rapaz querendo bater na namorada, toda aquela situação terrível, e pensei comigo:

  - Que pena desse povo, mas os macumbeiros devem ter ficado doidinhos com o resultado.

  Do mesmo modo esse “Samuel” predisse que os filhos de Saul seriam mortos, e isso não
aconteceu, pois nem todos morreram, apenas três, sendo Jônatas um deles, como está  escrito
em I Samuel 31,8, e II Crônicas 10.2,6.

  “Sucedeu, pois, que vindo os filisteus ao outro dia a despojar os mortos, acharam a Saul e
a seus três filhos caídos no monte Gilboa.”

  “Os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos, e mataram a Jônatas, a Abinadabe e a
Malquisua, filhos de Saul.

  “Assim morreram Saul e seus três filhos;...”

  Outros três ficaram vivos.

  “Da idade  de  quarenta  anos  era  IsBosete,  filho  de  Saul,  quando  começou  a  reinar  sobre
Israel, e reinou dois anos; somente a casa de Judá seguia a Davi.” II Samuel 2.10.

  Esse  foi  o  primeiro  filho  de  Saul  que  ficou  vivo.  Armoni  e  Mefibosete,  são  os  outros
sobreviventes citados em II Samuel 21.8.

  “Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber a 
Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de
Adriel, filho de Barzilai, meolatita;”

  A profecia desse “pseudo-Samuel”, falhou também, porque o verso 19 diz que Saul ia
morrer no dia seguinte, e ele só morreu uns dezenove dias depois.

  “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens ao terceiro dia a Ziclague, já os
amalequitas  tinham  dado  com  ímpeto  contra  o  sul  e  Ziclague,  e  a  esta  ferido  e  queimado  a
fogo;” I Samuel 30.1.

  Lendo-se atentamente o capítulo inteiro, observa-se que esse fato é exatamente paralelo ao
encontro de Saul com a médium. Com isso já eram passados três dias. No verso 13, mais três
dias; no verso 17, mais um dia de luta. Com os oito dias que Davi gastou para voltar e mais
dois  dias  registrados  em  II  Samuel  1:1  chegamos  à  soma  de  dezenove  dias  caindo,  portanto,
por terra a profecia do “pseudo-Samuel” que afirmara a Saul: “Amanhã você vai estar
comigo”. A providência de Deus, que ia trazer juízo sobre Saul, fez todavia que o fato
acontecesse 19 dias depois. Além disso, a profecia falhou também pelo fato de “Samuel” ter
dito a Saul que ele juntamente com os filhos estariam com ele no dia seguinte.

  Fico pensando que aqui o diabo tenha batido palmas dizendo “ôba, é amanhã”, pois sabia
que Saul estava longe de Deus e que lhe havia desagrado. A Bíblia mostra que Deus havia se
desafeiçoado e rejeitado a Saul e II Crônicas 10.13 afirma que ele morreu em pecado e longe
de Deus.

  Samuel, na verdade estava na presença de Deus, sendo assim, como então Saul, que estava
em  pecado,  morreria  e  iria  para  o  mesmo  lugar  onde  Samuel  estava.  A  menos  que  esse
“Samuel” fosse um Samuel muito suspeito, que estivesse de boca aberta dizendo: “Você nem
imagina quem estará falando quando você chegar aqui e eu tirar a capa e a peruca branca...”.

  Que coisa terrível!

  Faz-se ainda necessário responder a seguinte pergunta: “de onde vem, quem vem do céu?”

  O texto bíblico deveria dizer assim:

  “Então, se verá o sinal do Filho do Homem vindo da “terra”, com poder e grande glória”.

  Analisando o texto de Apocalipse nos surge a pergunta: Quem vem da terra, caro irmão?

  “Vi emergir da terra um anjo”. Quem foi? Foi a Besta.

  A  médium  pergunta  a  Saul  quem  é  que  ela  deveria  fazer  subir.  Isso  pressupõe  que  esse
“Samuel” estivesse elevadíssimo, não é?

  O  céu  não  está  relacionado  com  este  universo  físico,  portanto,  não  está  em  cima,  nem
embaixo.  No  entanto,  para  efeitos  referenciais  no  tempo  e  no  espaço,  e  para  questões
históricas, quem vem do céu, vem de cima; quem vem do inferno, vem de baixo.

  É  isso  que  está  nas  páginas  das  Escrituras,  em  toda  a  cosmologia  bíblica.  Céu  em  cima,
inferno embaixo.

  Não há razão para pensar que não fosse o diabo.

  Existem  ainda  uma  série  de  argumentos  para  comprovar  esse  fato,  como  o  gramatical,
exegético, ontológico, profético, escatológico, teológico, processual e tantos outros.

  É evidente, portanto, que esse homem era o diabo, como acontece no Espiritismo.

  Quero compartilhar duas histórias, e antes de contá-las fazer a seguinte introdução:

  Numa  sessão  espírita,  é  inegável  o  fato  de  que  exista  realidade  ali.  Não  existe  verdade,
mas realidade. E é preciso fazer uma distinção entre as duas. O livro de Apocalipse, aliás, faz
essa distinção de uma maneira linda.

  Nas  cenas  do  céu,  encontramos  verdade,  e  nas  cenas  da  terra,  realidade.  É  sempre  o
choque  da  Verdade  versus  Realidade.  A  realidade,  nem  sempre  é  verdade,  toda  verdade,  no
entanto impõe realidades, porque a verdade subsiste como verdade, independente de fatos. E
os fatos subsistem como fatos, independente de verdades.

  Concluímos que, numa sessão espírita existe realidade. Ninguém pode negar que há seres
espirituais mantendo contato. Mas existe mentira naquela realidade.

  A mentira está no fato de que aqueles seres se passam por pessoas que na verdade não são.
Eles  se  manifestam  doutrinando  e  instruindo  pessoas;  consolando  um  coração  tristonho,
abatido,  desconsolado  com  a  perda  de  um  ente  querido  e  de  muitas  outras  maneiras.  Nesse
sentido, há realidade, ninguém pode negar o fenômeno, mas a verdade dos fatos é outra.

  É  o  pseudo-Samuel  quem  fala  e  não  o  verdadeiro  Samuel.  É  um  espírito  maligno,
mentiroso;  um  psicólogo  milenar,  capaz  de  se  disfarçar,  capaz  de  conhecer  intentos,
pensamentos.

  Imagine se eu fosse invisível e fosse pastorear a sua igreja desse modo. Provavelmente ia
ser  o  maior  profeta  do  mundo  por  detrás  de  um  púlpito.  Entraria  nas  casas  sem  tocar
campainha, vendo os “gladiadores” do lar se agredindo, se confrontando; o marido tratando a
mulher de maneira errada e indo à igreja com a Bíblia sobre o peito dizendo “a paz do Senhor,
irmão”. Quem visse poderia dizer: “Ele é um santo, que homem inspirado...”.

  Se  eu  realmente  fosse  invisível,  as  pessoas  poderiam  até  pensar  que  eu  era  a  própria
verdade  encarnada,  tal  a  descrição  dos  detalhes  a  minha  disposição.  Não  precisaria  nem  ler
pensamento.  Ao  ver  aquela  pessoa  duas  horas  no  espelho,  não  seria  difícil  perceber  um
narcisismo  doentio,  ou  um  outro  com  mil  problemas  de  comportamento,  de  temperamento,
disso e daquilo...

  Agora  imagine  um  ser  invisível,  uma  legião;  milhares  de  seres  invisíveis,  milenares,
pesquisando nossa vida, nosso mundo. Não é de admirar que esses seres possam, de todas as
maneiras,  dizer  o  que  uma  pessoa,  gostava  antes  de  morrer,  com  quem  se  relacionava;  falar
das contas bancárias que ela deixou, das dívidas não quitadas, dos e das amantes que teve, dos
problemas todos, tal qual ocorre no Espiritismo.

  Há  uma  história  muito  interessante  de  um  homem  que  começou  a  frequentar  sessões
espíritas  “bastante  científicas”.  Os  médiuns  eram  daqueles  que  “ectoplasmavam”,  que
entravam  em  transe,  soltavam  plasmas,  uns  cristais,  pelos  braços,  pela  boca.  Se  alguém
tocasse naquilo, o médium levava um choque e caia longe.

  Um  Espiritismo “evoluidíssimo”. E  numa  das  sessões,  eles  começaram  a  realizar  um
fenômeno chamado de “megafone”, durante o qual o médium entrava em transe, e suas forças
e  poderes  psicofísicos  levantavam  um  megafone  que  ia  flutuando  a  mensagem  ao  ouvido  de
cada um dos presentes.

  Esse  homem,  impressionado  e  entusiasmado  com  isso,  resolveu  levar  sua  mãe,  que  não
tinha muita instrução, não era crente, não frequentava igreja evangélica, mas que amava e lia a
Bíblia.

  Ela  o  acompanhou  e  começou  a  achar  tudo  aquilo  estranho.  Lá  veio  o  megafone
levantando, falando com um, falando com outro até pousar perto do seu ouvido dizendo algo
que a chocou. 

  Ela então exclamou: “Ué,  mas  não  é isto que a Bíblia diz”. Seu filho pensou: “Ih! O
espírito vai já dar uma tremenda bronca.”

  Mas  o  megafone  não  disse  nada,  e  foi  embora  com  o  rabinho  entre  as  pernas.  Ele
estranhou  porque  normalmente  quando  alguém  contestava,  o  megafone  falava:  dessa  vez,
porém, o megafone silenciara. Ele, então, que nunca em sua vida tivera uma Bíblia, decidiu lê-la e foi logo comprando a maior que encontrara, pensando que deveria ter a história completa.   

  Abrindo ao acaso, ele leu:

  “Amados, não deis crédito a qualquer  espírito:  antes  provai  os  espíritos  se  procedem  de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.

  Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário,
este  é  o  espírito  do  anticristo,  a  respeito  do  qual  tendes  ouvido  que  vem,  e  presentemente  já
está no mundo.” I João 4,1,2,3.

  Disse então para si mesmo: “Achei a chave!”

  Voltou à sessão, louco para pôr o teste em prática. Nesse dia, depois do médium entrar em
transe,  o  espírito  veio  e  comunicou  que  não  haveria  a  sessão  do  megafone,  mas  que  iria
responder perguntas, doutrinar, etc. Cada um deveria fazer três perguntas.

  Quando chegou sua vez, perguntou:

  -  Ó  soberano  espírito  de  luz  e  de  verdade,  por  favor  responda-me:  Jesus  Cristo  é  o
Salvador do mundo?

  - É claro, meu filho, por que duvidas? Crê somente e viverás.

  Com certo espanto pensou: “Misericórdia ...!! Ah! Mas eu não fiz a pergunta direito.”

  E voltando para o espírito perguntou novamente:

  - Ó espírito de luz, Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário pelos pecados dos homens?

  - Claro! Ou tu não sabes quanta virtude havia nele e tal...

  Ainda mais espantado conjecturou: “Mas que negócio é esse? A Bíblia diz que se fosse um
espírito ruim, ia pular fora”.

  Voltou a terceira vez para ele, querendo lembrar da pergunta. De repente lembrou.

  - Ó espírito de luz, tu confessas que Jesus Cristo é o Filho de Deus vivo, que se manifestou
em carne, que se encarnou para destruir todas as obras do diabo?

  Então, o médium foi jogado longe e bufando e o rapaz levantou e foi embora.

  Quero  dizer  que  eu,  pessoalmente,  já  tenho  visto  isso  ás  dezenas.  Espíritos  falantes
pregando sobre coisas boas, virtudes maravilhosas, ate mesmo elogiando Jesus e a igreja. No
entanto, Deus mostrava que era possessão de demônios e mentira.

  Ao confrontar o demônio ordenando em nome de Jesus Cristo que repetisse as palavras: 

  “Jesus Cristo...”

  O demônio repetia:

  - Jesus Cristo...
  “...é o Filho de Deus vivo...”
  
  - ...é o Filho de Deus vivo...

  “...que se manifestou em carne...”

  -...que se manifestou em car, car, car, car. Não digo isso.

  “Então saia em nome de Jesus.” E o demônio saia do homem.

  Não foi uma, nem duas, nem três, nem poucas, mas muitas vezes os vi fugir dali. Quando
o homem está oprimido, confessa; quando está sob sujeição, confessa; o homem possesso, no
entanto, não confessa.

  O  texto  de  I  João  está  falando  mais  exatamente  sobre  a  doutrina  agnóstica,  que  não
confessava que Deus havia se encarnado. Muitas são as outras doutrinas falsas que, como esta,
não confessam que Deus assumiu a carne humana entre as quais o Espiritismo e o hinduísmo.
Na verdade nenhuma outra falsa doutrina e nenhum espírito maligno confessam que Deus veio
em carne humana; que Deus, em Jesus Cristo, veio para destruir todas as obras do diabo.

  Escrevi um livro, intitulado “Nos Bastidores dos Espíritos”, publicado pela Editora
Betânia, onde narro à impressionante história de um homem, que foi diretor da Antarctica para
todo  o  Brasil.  Ele  era  médium  e  eu  o  conheci  numa  manhã  de  quarta-feira,  na  Igreja
Presbiteriana  de  Manaus,  onde  compartilhei  de  Jesus  com  ele.  Deus  lhe  deu  graça,  e  ele
discerniu  que  aquilo  tudo  vinha  do  diabo.  Deus  o  libertou  e,  em  nome  de  Jesus,  ele  hoje  é
diácono,  presidente  dos  homens  da  Igreja  Presbiteriana  de  Manaus,  e  vai  prosperando  no
Senhor Jesus, louvado seja o Seu Nome.

  Pois bem, esse homem “ectoplasmava”. Entrava  em  transe  e  soltava  plasmas  pela  boca,
pelo nariz, pelo ouvido; esses plasmas se condensavam e andavam pela sala, curavam pessoas,
sendo  vistos  por  quinze  ou  vinte  pessoas  de  uma  só  vez.  Ele,  em  transe,  sustentava  a
materialização desse plasma e curava milhares de pessoas. Fez cirurgias com giletes, operava
cânceres,  raspava  cataratas  sem  que  saísse  sangue;  foi  médium  de  dois  presidentes  da
República e de uma sessão espírita de generais em Botafogo, no Rio de Janeiro.

  Ele  nunca  poderia  imaginar  que  aqueles  fenômenos  fossem  do  diabo.  Nunca  ganhara
dinheiro com aquilo. Os espíritas lhe diziam que aquilo era um dom de Deus, e que ele havia
recebido  de  graça,  portanto  deveria  dar  de  graça.  Passou  fome,  mas  nunca  recebeu  dinheiro
dos “beneficiados”. Quando ele foi a minha casa, e começamos  a  conversar,  eu  disse  que
aquilo era do diabo, e ele não hesitou em contestar:

  -  Mas  como  é  que  pode  ser  do  diabo,  pastor,  se  eu  nunca  recebi  nada  em  troca.  Eles  só
fazem o bem, têm salvo tantas pessoas, como pode ser tudo isto do diabo?

  E eu disse:

  - Meu querido, gostaria que você soubesse de duas coisas. Suponhamos que você tivesse
um inimigo, um homem ao qual você odiasse mesmo e de quem você quisesse ver-se livre; e
esse homem fosse um desesperado, quisesse morrer e estivesse a ponto de suicidar-se. Muito
bem, o que você lhe oferecia, um banquete ou uma faca? Ele respondeu:
  -  Se  eu  o  odiasse,  e  ele  que  quisesse  morrer,  eu  daria  uma  faca,  pois  com  sua  morte,  eu
estaria livre dele, feliz da vida, sem que nenhuma culpa caísse sobre mim.

  Continuei:

  -  Agora  suponhamos  que  você  tivesse  um  inimigo  ao  qual  você  odiasse  muito,  quisesse
matá-lo, mas esse homem amasse a vida. Como você o mataria? Oferecendo um banquete ou
uma faca?

  - Não, faca não, pois ele não queria morrer. Uma estratégia, talvez, fosse lhe oferecer um
banquete e envenenar a comida.

  Então raciocinei com ele:

  - Olhe, a macumba está para os desesperados, assim como a faca está para os suicidas, e o
banquete  envenenado  para  os  bem  intencionados  e  que  amam  a  vida,  assim  como  o
Espiritismo para uma multidão de gente sincera que quer o bem.

  Ele ficou pensando naquilo enquanto eu continuava:

  - Imagine se eu ganhasse um peruzinho de presente no primeiro dia do ano. Pequenininho,
não fazia nem gulu-gulu. Aí, eu começava a dar milhinho para o bichinho e lá para junho ele
já estaria dando os gritinhos dele, bem gordinho; em agosto, mais gordo ainda, eu continuaria
dando milho. Se ele pensasse, lá por volta de outubro ele ia dizer, “esse pastor é uma benção,
como engordei, ganhei ração”. No dia  20  de  dezembro,  comida  nele.  Finalmente  no  dia  24
para  25,  o  peru  estaria,  sem  nenhuma  pena,  rodando  na  minha  mesa,  e  eu  com  garfo  e  faca
pronto para cair em cima dele.

  Durante  os  360  dias  do  ano,  ninguém  poderia  dizer  que  eu  tratara  mal  o  peru.  Fui  uma
benção para ele. Só fiz o bem! Eu o engordei, engordei, engordei e comi cevado.

  Disse então para ele:

  -  O  senhor  desculpe  a  comparação,  mas  o  que  o  diabo  está  fazendo  com  você  e  com
milhares  de  pessoas  é  exatamente  isso.  Nós  ainda  não  chegamos  ao  fim  do  ano,  ao  dia  da
matança,  e  enquanto  isso  ele  está  engordando,  engordando,  beneficiando,  apaixonando,
cativando. É uma fraude cativante, realmente. E vai comer gordinha a sua alma, enganada, se
você não abrir os olhos.

  - Quer dizer então que é do diabo mesmo?- perguntou.

  - Não tenha dúvida - ratifiquei.

  - Mas o meu Espiritismo é bom, não é macumba... - insistiu.
  Mostrei o texto de Deuteronômio 18 e perguntei: - Há alguma diferença entre magia negra
e Espiritismo Kardecista? 

  Começa com quem mata os filhos, termina com quem consulta os mortos e diz que tudo é
abominação  ao  Senhor.  Não  há  escala  entre  mesa  preta,  branca,  macumba,  espiritismo  ou
candomblé; é tudo farinha mesmo saco, e está podre.
  - Então o que é que vou fazer agora se eu servi o diabo tantos anos? Como é que vou me
ver livre dele? Olhe, pastor, eu estou me sentindo como um rato que é apanhado pelo rabo e
colocado em cima de uma panela com água fervendo, prestes a ser jogado lá dentro.

  Disse-lhe  então  que  colocasse  o  pé  na  Rocha  dos  séculos,  que  cresse  em  Jesus  Cristo,  e
assim o diabo não o perturbaria mais.  Seu medo  era de que nunca o deixassem em paz, mas
afirmei: 

  -  De  hoje  em  diante  não  vão  mais  perturbá-lo,  você  não  vai  mais  ficar  possesso.  Basta
você ser fiel a Jesus. Se você permanecer na fé, o diabo não tocará em você.

  O que eu disse àquela pessoa de Manaus é o mesmo que digo a você:

  Se você quiser deixar a força e o poder dos espíritos, a hora é esta!

  Basta você invocar o nome de Jesus. Ele é o libertador. Comece a ler a Palavra de Deus, a
Bíblia,  e  procure  uma  igreja  evangélica  onde  esta  palavra  seja  pregada  e  onde  as  pessoas
creiam no poder libertador de Jesus.

  “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

                                                                                                                                         Amém.



  

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